Ao contrário das postagens anteriores, essa não estava prevista.Acho, porém, extremamente necessário relatar o que aconteceu comigo, e que com certeza acontece com todos nós, mas, ao encontrar-se frágil, você precisa de um olho no olho.
As ruas estão ali, submissas, os carros passam, dentro deles motoristas, os quais dão-se conta da figura externa, uma criatura, possivelmente de sua espécie e olham para a rua, submissa.Olhos pros olhos da rua, do carro, do carro mais caro e mais bonito ao seu lado.
Transfiguram uma velocidade disforme de um sistema em constante troca de valores...Marx dissertou sobre o fetichismo.E eu o vejo.Nada paga um olhar carinhoso, o qual te cativa... E é por isso que não generalizo e acredito nesse olhar, no qual um dia me afundei...Uma moça, de uns 20 anos, olhou-me fundo, indiferentemente do que sentia, ou do que pensava, foi bom.É bom acreditar nesse amor, nesse carinho...Uma desconhecida.
É claro que ninguém sai sorrindo por aí, porque por aí não basta, nem deve bastar. Mas olhos correm a paisagem e encontram os seus pares, inconfundíveis.Únicos. Relativamente mais baixos, maiores, fraternos, eternos, e apaixona-se pelos mesmos olhos de outrora.Os mesmos.
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3 comentários:
Os olhos de outrora, não são tão presentes assim.
Lindo texto, como você disse a poesia é uma péssima amante, mas eu ainda a acho uma ótima ouvinte.
Senti falta da foto.
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